quarta-feira, 23 de julho de 2008

Fw: Eugenia

 
----- Original Message -----
From: Rodrigo Tristan Lourenco
 
Sent: Wednesday, July 23, 2008 1:22 PM
Subject: Eugenia

Quando eu ainda tinha fé no ser humano, achando que somos bons por natureza, com alguns desvios, e em geral fazemos boas escolhas (isso foi ontem), eu discuti com o Tota e disse que não, a eugenia ainda está longe de virar algo corriqueiro, pois o ser humano não era tão estupido.
Tota, minhas desculpas. Vc estava certo. Somos todos imbecis...
Vejam vcs mesmos: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL688383-5603,00-REDE+SOCIAL+USA+DNA+PARA+ENCONTRAR+AMOR+PERFEITO+PELA+INTERNET.html

Saudades dos tempos em que os loucos comiam merda e queimavam dinheiro...

Mas não trago só tristeza. Vejam esse vídeo e procurem as outras partes.
Made in Bsb...
http://youtube.com/watch?v=ecF-_3ZtFQo

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fw: Natureza Humana: Tribo da Amazônia contradiz noção de que contar é capacidade "inata"

 

 
 

Tribo da Amazônia contradiz noção de que contar é capacidade 'inata'

A língua falada por uma tribo amazônica que não tem palavras para designar números contradiz a noção de que o ato de contar seria inerente à capacidade cognitiva de seres humanos, afirma um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT).

A língua da tribo Pirahã, que vive às margens do rio Maici, em Rondônia, vem sendo estudada há vários anos por suas características singulares. 
 
No estudo recente, publicado na revista científica Cognition, o professor Edward Gibson afirma que os Pirahã não têm palavras para expressar o conceito de "um" ou de outros números específicos.

Segundo a pesquisa, a tribo teria apenas expressões para designar quantidades relativas, como "muitas", "poucas" ou "algumas".

De acordo com Gibson, é comum assumir que contar é uma parte inata da capacidade cognitiva humana, mas "aqui está um grupo que não conta.

Eles poderiam aprender, mas não é útil em sua cultura, então eles nunca aprenderam".

"A pesquisa oferece provas de que as palavras que designam números são um conceito inventado pelas culturas humanas conforme a necessidade e não uma parte inerente da linguagem", disse Gibson.

Experimento
A pesquisa partiu de um estudo publicado em 2005 pelo lingüista Dan Everett, que viveu com os índios Pirahã entre 1997 e 2007.

A pesquisa de Everett dizia que a tribo tinha palavras para expressar a quantidade "um", "dois" e "alguns".

Gibson, no entanto, fez um experimento no qual a equipe apresentava um objeto ao índio e adicionava um novo objeto de cada vez até completarem 10.

Durante o processo, os pesquisadores pediam para que os índios contassem quantos objetos estavam expostos.

A equipe observou que a palavra que anteriormente foi identificada como se representasse o número "um" foi usada pelos Pirahã para expressar qualquer quantidade entre um e quatro.

Além disso, a palavra antes associada ao número "dois" foi usada pelos índios quando cinco ou seis objetos estavam expostos.

"Essas não são palavras para contar números. Elas significam quantidades relativas", afirmou Gibson.

Segundo ele, essa estratégia de contagem não havia sido observada antes, mas poderia ser encontrada em outras línguas na qual se usam as palavras um, dois e alguns para se contar.

A pesquisa de Gibson faz parte de um amplo projeto que investiga a relação entre a cultura da tribo Pirahã com sua cognição e linguagem, com base nos estudos do lingüista Dan Everett.
 
 

terça-feira, 15 de julho de 2008

Meu primeiro livro sobre Educação

Meus queridos amigos,
Acabo de publicar meu primeiro livro sobre Educação. Clicando no link, vocês poderão baixá-lo para o seu computador. Aguardo, ansiosamente, comentários!!!
Um grande abraço!
Dioney

Projeto Munduruku

Meus amigos,
Por favor, visitem o blog abaixo.
Um grande abraço!
:D
 

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Fw: Sugestões de pesquisa

 
----- Original Message -----
From: Isabel Cristina Ferreira
To:
Sent: Friday, July 11, 2008 3:58 PM
Subject: Sugestões de pesquisa


Olá,
repasso e-mail da minha orientadora com dicas de sites sobre leitura.
Bjs
Isabel

 
Se quiserem "passear pela Internet", vejam:
ENQUETE
Permite a construção de cenários e tendências sobre as práticas de leitura. Visite e responda e comente.
No ar uma enquete a respeito da frequência de interações pós-leitura de textos.
http://www.alb.com.br/pag_enquete.asp
LEITURIZANDO
4 super seções para o apoio pedagógico aos professores. Tem uma nova dica no ar!
http://www.alb.com.br/pag_apoioprofe.asp

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Fw: CBNews - Um amigo se lembrou de você

http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_1/2008/07/09/noticia_interna,id_sessao=1&id_noticia=18252/noticia_interna.shtml
título: Aprovado projeto que proíbe call centers de incomodarem consumidor no DF
comentario: Já passava da hora de pararmos de ser incomodados por empresas chatas.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

o triste fim de um treinador arrogante

O relógio marca 00h55, de 3 de julho de 2008. Ouço foguetes, que não comemoram a vitória do fluminense, mas a sua derrota. Meus vizinhos gritam. Eu mesmo já gritei. Adeus, nense. Adeus, nense...
Meeeengo, meeeeengo!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Re: Asa Branca

Oi, Clotilde!
Fico muito feliz com suas palavras sobre raízes, um tema tão caro ao ensino e tão relegado a segundo plano. Deixei no meu perfil um vídeo do Pink Floy ("Another brick in the wall"), em que a escola tradicional é criticada por anular individualidades, renegar origens culturais e, principalmente, por criar uma massa amorfa de montes de carne humana sem autonomia de pensamento.
Obrigado também pelas palavras sobre aquisição de escrita. Ficaria muito grato em receber sua monografia.
Um grande abraço.
Dioney
 
----- Original Message -----
From: Clotilde Simplicio Belo Mazochi
To: Dioney
Sent: Tuesday, July 01, 2008 6:02 PM
Subject: Re: Asa Branca

Oi, Dioney,
Fico meio sem graça por ser algo mais pessoal, pois falar de Gonzagão é falar da minha gente, de quem eu sou. Mas não tem problema, pode divulgar. Já sinto mt orgulho em ser filha de nordestina/pernambucana, assim ficarei mais ainda. Quando vc diz q é importante trabalhar com alegria, defino que isso é trabalhar deixando bem claras nossas raízes. Gostei muito da discussão a respeito da letra cursiva. Fiz minha monografia de final de curso com a Maria Luíza e foi sobre aquisição da escrita. Trabalhei uns 3 anos com criança de 4 anos no CEIC, e realmente, partindo da minha leitura sobre esse tema e da minha prática, a criança desenvolve o traçado cursivo quando tem domínio da sua coordenação motora fina, isso se dá com muito manusei de massinhas e diversas outras atividades lúdicas, não podemos nos esquecer dessa palavra, lúdico. Já pensou como é difícil pra uma criança desenhar a caligrafia cursiva, ela exige muito mais coordenação que a caixa alta, a qual tem o traçado menos fino e é sempre a que dominamos primeiro. Sempre falei para os pais terem paciência que seus filhos "aprenderiam " a letra cursiva. É claro q não é só esperar e pronto, é importante intervir e estimular com manuseios de materiais diversos, jogos de desenhos e outros. Uma boa indicação é Cagliari. Só pq vc disse q iria divulgar os textos, agora tenho q me monitorar mais, rs,rs. mas é só até ficar mais à vontade, tá?
 
Abraço,
 
Clotilde

2008/7/1 Dioney
Oi, Clotilde!
Fico por demais feliz com suas boas-novas. Também tenho a coleção a que você se refere. É lindo!!! Amo Gonzação, amo o nordeste, amo o POVO BRASILEIRO e suas línguas maternas!!! Seja bem-vinda ao grupo. Adorei suas participações!
Obrigado pela confiança e por compartilhar a sua pedagogia conosco.
Um grande abraço!
Dioney
 
p.s.: Você me permitiria divulgar sua mensagem no meu blog?
 
----- Original Message -----
From: Clotilde Simplicio Belo Mazochi
To: Dioney
Sent: Tuesday, July 01, 2008 5:08 PM
Subject: Re: Asa Branca

Oi, Dioney,
 
Essa versão da música não contém a variação dialetal, bem como óio, fornaia. Mas tenho a coletânea do Gonzagão original, remasterizada, com três cds e um livro de sua vida. Não é por acaso, pois minha mãe é conterrânea dele, é de Exu- PE.Eram essas músicas q animavam nossas festas em família. Quando as ouço e as danço sinto como se elas saíssem da minha alma e das minhas veias. É interessante essa coisa da identidade, principalmente no q concerne à lingüística. Fiquei mt feliz quando vi q vc havia trabalhado essa música, pena q ainda não estava no curso. O q foi uma grande coincidência 'foi q dei uma prova com esse texto ainda este ano e chegando na UnB os colegas me mostraram seu material de aula. Pensei: "Tô no lugar certo e na hora certa", uma vez q ainda estava insegura em largar minhas turmas. Ah, tmbm já trabalhei 5 anos com educação Infantil e já fiz com as crianças uma apresentação belíssima com a música Asa Branca na versão com vários intérpretes, ah... foi no CEIC, na Candangolândia. Desculpe me alongar demais, mas me empolguei.
 
Abração,
 
Clotilde
 
 

 

terça-feira, 1 de julho de 2008

Hamlet

25/5/2008 Dioney
Oi, Isabel!
Gostei da sua enquete, mas quando tento votar não funciona. Sobre subsídios, sugiro algumas leituras, como "Português ou Brasileiro" (M. Bagno) e "origens do português" (Naro & Scherre). A questão é que ninguém falou nesses termos ainda. Eu é que estou querendo abrir essa linha de trabalho, me baseando no seguinte:
1. o padrão é diferente do brasileiro, nossa língua materna;
2. o padrão não vai mudar tão cedo; logo, vamos continuar ensinando as regras de concordância, regência, colocação pronominal atípicas para nós;
3. com o ensino de padrão como segunda língua, podemos evitar a crise de línguas; continuamos a reconhecer nosso brasileiro e aprendemos o português padrão para situações específicas, em que ele é exigido;
4. evitamos a crise/angústia do aluno, que se vê sempre na seguinte posição: que língua que eu falo? eu não sei português? Ele pode até não saber português (padrão), mas brasileiro ele sabe muito bem; cabe, então, à escola, ensinar o português, sem interferir no brasileiro!
Abraços.
Dioney
 
----- Original Message -----
From: Isabel Cristina Ferreira
To: Dioney
Sent: Tuesday, June 24, 2008 6:43 PM
Subject: Ensino da língua padrão como 2ª língua

Olá Dioney,
 
gostaria de mais subsídios para explicar e argumentar com os meus cursistas a proposta de ensino da norma padrão como 2ª língua.
Fiz uma enquete no blog sobre o assunto e acabo de enviar e-mail aos cursistas falando superficialmente sobre o assunto e solicitando que votem, dê uma olhada e me diga se a enquete ficou bacana http://tessituraetextura.blogspot.com
Na quinta-feira eles vão comentar sobre o assunto e quero estar mais confiante.  Estou querendo um texto para a leitura inicial reflexivo e que sirva de mote para trabalhar suporte e domínio discursivo, você tem algo para me oferecer? Te aguardo, um grande abraço. Isabel

Asa Branca e A Volta a Asa Branca

 
 
Cara Josselita,
Muitíssimo obrigado pelos vídeos. São fantásticos e serão incorporados às minhas futuras aulas sobre o assunto.
Um grande abraço!
Dioney
 
p.s.: Convido a todos para passar pelo meu blog e entrar nas discussões quentes e interessantes que estão rolando lá (www.dioneygomes.blogspot.com) . Como estamos falando de blog, às vezes me verão escrevendo de maneira informal, linguagem possível para esse gênero textual, né Vângela?! Ainda estou aguardando seus comentários sobre o ensino de PSL a partir dos gêneros!!! Divina idéia!!!
p.s.2: Quem ainda não me escreveu, por favor o faça para eu repassar material e convidar para a minha página de Introdução à Lingüística no yahoo!!! :D (http://br.groups.yahoo.com/group/ilturmad/).
p.s.3: Josselita, eu tenho a "Volta da asa branca" cantada pelo Gonzagão. Envio em anexo!!! O mais interessante é que ele começa cantando Asa Branca e emenda com A Volta da Asa Branca. Mais interessante ainda, embora triste, é perceber o que o obrigaram a fazer com o seu sotaque. Vejam que ele altera boa parte dos seus traços regionais. Essa versão é de 1972, época em  que ele era obrigado pela pressão lingüística da classe média do Rio e de SP a "adequar" seu modo materno de falar ao que se considerava, erroneamente, como língua boa, a língua da elite sudestina, claro!!! Vale muito a reflexão e a comparação entre a versão original (de 1949) e essa!!! Curtam bastante, afinal o trabalho deve ser uma curtição saudável e alegre!!!
 
----- Original Message -----
From: JOSSELITA EVANGELISTA DA SILVA
To:
Sent: Monday, June 30, 2008 6:41 PM
Subject: Asa Branca
 

Olá,

encontrei estes vídeos no youtube e os utilizei junto com aquele material q o Dioney nos entregou na primeira aula dele, lembra? O primeiro vídeo apresenta o Luiz Gonzaga mostrando a Asa Branca, o motivo do nome e a música. O segundo mostra a música A volta da Asa Branca, composta alguns anos depois e q não é muito conhecida, o melhor que achei foi este com o Tom Zé, mas existem outros no youtube:http://www.youtube.com/watch?v=u7mDEIH8dPw

http://www.youtube.com/watch?v=XI0PNxTHqwU

encaminho também as perguntas que foram formuladas e construidas com os cursistas no decorrer do curso até agora (é uma cópia do material que coloquei no e-mail deles)

Até mais,

Josselita.



Re: [Alfabetização, Letramento e Transformação] Re: [Alfabetização, Letramento e ...

Ana,
Muito obrigado por sua colaboração. As informações são super-úteis!
Beijo.
Dioney
 
p.s.: Caros tututores, por favor, entrem no meu blog (www.dioneygomes.blogspot.com ). Tem uma discussão fantástica lá!!! :D
----- Original Message -----
From: Ana Dilma Almeida
To: Ricardo
Cc: Dioney
Sent: Tuesday, July 01, 2008 9:13 AM
Subject: Re: [Alfabetização, Letramento e Transformação] Re: [Alfabetização, Letramento e ...

Oi, Ricardo!
Ao ler sua resposta, eu me vi posicionada em meus diferentes papéis.
Compreendo suas dúvidas e angústias e costumo lidar com a maior parte delas no meu dia-a-dia. Sou mãe, minha filha tem 4 anos e também está em processo de alfabetização. Fui alfabetizadora durante anos e atualmente trabalho com formação de professores da área de linguagem. Costumo viajar muito, inclusive atuando no Programa Pró-Letramento do MEC. Trabalho na formação de professores tutores de mais de uma centena de municípios e posso dizer que conheço um pouco da realidade educacional tão diversa e adversa desse nosso país. Acredito e defendo práticas fortalecedoras e de empoderamento! Assim, se você quiser, podemos conversar um pouco mais. Dioney tem meus telefones. Estou à disposição! De qualquer forma, acredito que você já deve ter encontrado informações sobre o Provinha Brasil. Mas vai a sugestão abaixo (http://provinhabrasil.inep.gov.br/).
Abraços.
Ana

Perguntas e respostas

O que é a Provinha Brasil?

A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica que permite auxiliar professores, coordenadores e gestores a identificar o desempenho de alunos em processo de alfabetização, no 2º ano de escolaridade do Ensino Fundamental. A intenção é que as informações geradas ajudem a compreender quais são as capacidades já dominadas pelos alunos e quais deverão ser apreendidas ao longo do ano escolar.

Para que serve?

A Provinha Brasil serve para oferecer às redes de ensino um instrumento para acompanhar a evolução da qualidade da alfabetização, prevenindo assim, o diagnóstico tardio dos déficits de letramento. Dessa forma, contribui para a melhoria da qualidade de ensino e a redução das desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas pelas diretrizes da educação nacional.

Por que avaliar?

Para saber, a tempo de sanar eventuais problemas, quais capacidades de leitura os alunos possuem e quais capacidades eles não possuem.

Foram identificados, em alunos da 4ª série, problemas como baixa proficiência nas provas de leitura - e a falta de domínio de leitura pode inviabilizar o bom prosseguimento dos estudos. Assim, para atuar preventivamente, é necessário detectar dificuldades e defasagens dos alunos na fase inicial de modo que as intervenções possam acontecer no momento certo.

Quem avalia?

O Ministério da Educação, por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) elaborou um conjunto de instrumentos de avaliação disponibilizado aos gestores das redes. A aplicação fica a critério das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.

Quem aplica?

O teste foi elaborado de forma que o próprio professor possa aplicá-lo. No entanto, a critério do gestor, outras pessoas podem aplicar o teste, como professores de outras turmas ou coordenadores pedagógicos de outras escolas, desde que devidamente capacitados. Como essa avaliação tem características distintas das realizadas no quotidiano escolar, para aplicá-la, é necessário seguir atentamente as orientações contidas no documento "Caderno do professor/aplicador".

Quem corrige?

Os resultados também poderão ser corrigidos pelo próprio professor da turma (ou pelo aplicador do testes), a partir do Guia de Correção, que traz as orientações de como corrigir os testes e de como interpretar os dados. Assim, o professor poderá saber o nível de desempenho de sua turma de modo imediato. Da mesma forma, os resultados de cada turma poderão ser coletados e agregados de modo a ser ter um panorama da escola, da regional de ensino ou de toda a rede (municipal ou estadual).

Quem será avaliado?

A Provinha Brasil foi preparada para avaliar a aprendizagem das crianças após um ano de escolarização. Nas escolas cujo Ensino Fundamental tem duração de nove anos (onde as crianças ingressaram aos seis anos de idade), os estudantes deverão fazer o teste no 2º ano (quando tiverem sete anos). Já nas escolas que ainda mantêm o Ensino Fundamental com duração de oito anos (ingresso das crianças aos sete anos de idade), os estudantes deverão fazer o teste na 2ª série (quando tiverem oito anos).

Apesar da diferença na média de idades dos alunos que farão o teste, isto não representa problema, visto que o foco dessa avaliação está na contribuição da educação formal para a alfabetização – por isso se tomou como referência os anos de escolaridade.

O que será avaliado?

Na Provinha Brasil serão avaliadas habilidades relativas à alfabetização e ao letramento inicial dos estudantes.

Como nem todas as habilidades a serem desenvolvidas durante o processo de alfabetização são passíveis de verificação por meio da Provinha Brasil, em vista das características específicas do instrumento e da metodologia utilizada foi necessário selecionar algumas dessas habilidades para construir o teste.

Assim, as habilidades definidas para avaliar a leitura e a escrita são aquelas que podem dar informações relevantes em função dos objetivos propostos e das condições impostas no âmbito desta avaliação.

Tais habilidades foram organizadas e descritas na "Provinha Brasil - Matriz de Referência Para Avaliação da Alfabetização e do Letramento Inicial".

As habilidades constantes na Matriz de Referência estão fundamentadas na concepção de que alfabetização e letramento são processos a serem desenvolvidos de forma complementar e paralela, entendendo-se a alfabetização como o desenvolvimento da compreensão das regras de funcionamento do sistema de escrita alfabética e letramento como as possibilidades de usos e funções sociais da linguagem escrita, isto é, o processo de inserção e participação dos sujeitos na cultura escrita.

A matriz é apenas uma referência para a construção do teste, é diferente de uma proposta curricular ou programa de ensino, estes últimos mais amplos e complexos.

Matriz de Referência de Avaliação em Alfabetização e Letramento: Provinha Brasil

Eixo
Descritores de Habilidades
Apropriação do sistema da escrita
D1. Diferenciar letras de outros sinais gráficos, como os números, sinais de pontuação ou de outros sistemas de representação.
D2. Identificar letras do alfabeto
D3. Reconhecer palavras como unidade gráfica.
D4. Distinguir diferentes tipos de letras.
D5. Identificar sílabas de palavras ouvidas e/ou lidas.
D6. Identificar relações fonema/grafema (som/letra).
Leitura
D7. Ler palavras.
D8. Localizar informação em textos
D9. Inferir informação.
D10. Identificar assunto de um texto lido ou ouvido.
D11. Antecipar assunto do texto com base em título, subtítulo, imagens.
D12. Identificar finalidades e funções da leitura em função do reconhecimento do suporte, do gênero e da contextualização do texto.
D13. Reconhecer a ordem alfabética.
D14. Estabelecer relações de continuidade temática.
Escrita
D15. Escrever palavras.
D16. Escrever frases.
D17. Escrever textos.*
* Por questões operacionais, o descritor D17 não foi contemplado na primeira edição da Provinha Brasil.

Como será o teste?

O teste desta primeira edição de 2008 é composto por 24 itens de múltipla escolha, com quatro opções de resposta. Há itens que o aplicador deverá ler em sua totalidade. Outros, o aplicador deverá ler parcialmente. Há, ainda, itens que serão lidos apenas pelos alunos. Há três itens de escrita.

O teste foi organizado por conjuntos de itens, divididos entre aqueles considerados "fáceis", "médios" e "difíceis" para a etapa da escolaridade à qual se destinam.

A organização dos itens por níveis de complexidade reforça o caráter pedagógico que se quer alcançar com a Provinha Brasil. O equilíbrio entre questões mais "fáceis" e questões mais "difíceis" dará visibilidade às competências exigidas no processo de alfabetização, de modo a integrar as suas diferentes etapas e os diferentes saberes nelas envolvidos.

Nesta primeira versão os testes de escrita e seus manuais de correção se resumirão às habilidades escrever palavras e frases, não se inclui ainda a habilidade de escrever textos pois exige uma grade de correção mais sofisticada, ainda em desenvolvimento.

Apenas os itens de múltipla escolha foram utilizados como base para a construção dos níveis de desempenho. Os itens de escrita possuem uma grade de correção à parte. Sendo assim, para análise dos resultados do teste deve-se considerar os dois elementos. A integração dos dois instrumentos numa mesma grade também esta sendo desenvolvida.

Quando será a avaliação?

A proposta é que sejam aplicados instrumentos ao longo do segundo ano de escolarização do Ensino Fundamental. A avaliação poderá ser realizada no início do ano letivo, como uma avaliação de sondagem, e também ao término, com o intuito de verificar o avanço das crianças no processo de alfabetização.

Será aplicada apenas uma prova por ano?

O Inep disponibilizará duas provas, em dois momentos distintos. No primeiro semestre de cada ano, será disponibilizado um instrumento a ser aplicado ainda no início do ano letivo. No segundo semestre, será oferecido novo instrumento, para ser aplicado no final do ano.

Esses testes têm resultados comparáveis e isso possibilitará às secretarias avaliar o progresso no processo de aquisição de competências e habilidades por parte do alunado ao longo deste período de escolarização.

Qual a vantagem de aplicar dois testes no mesmo ano?

A proposta de avaliar no início e ao término do segundo ano de escolarização possibilitará aos professores e gestores educacionais:

a) a realização de um diagnóstico dos níveis de domínio dos códigos e de compreensão da leitura e da escrita que as crianças demonstram já no início do ano letivo;

b) o conhecimento posterior do que foi agregado ao desempenho dessas mesmas crianças ao término desse período;

c) o monitoramento do desenvolvimento de cada criança, com base nas informações coletadas por essa avaliação;

d) o aperfeiçoamento e a reorientação das práticas pedagógicas com vistas à consecução de níveis satisfatórios de alfabetização e letramento.

Quais as informações geradas por esse tipo de avaliação?

Uma avaliação da fase inicial da alfabetização pode trazer para o professor e para o gestor da escola informações que vão contribuir para o aperfeiçoamento e a reorientação das práticas pedagógicas, de modo a permitir níveis mais satisfatórios de alfabetização e letramento do que aqueles apresentados atualmente.

Entre outras informações é possível prever:

  • Quais capacidades de leitura e escrita os alunos dominam?
  • Quais capacidades de leitura e escrita a escola agregou ao desempenho de seus alunos em um ano de escolaridade?
  • Quais dificuldades em leitura e em escrita os alunos apresentam ao final de dois anos de escolaridade?
  • Quais capacidades necessitam a ser consolidadas ainda nos anos iniciais do Ensino Fundamental?

Quais os benefícios de participar do processo de avaliação?

A participação numa avaliação como a proposta traz benefícios para todos os envolvidos no processo educativo:

  • Os alunos poderão ter suas necessidades melhor atendidas mediante o diagnóstico realizado e, assim, espera-se que o seu processo de alfabetização aconteça satisfatoriamente.
  • Os professores alfabetizadores contarão com um instrumental valioso para identificar de forma sistemática as dificuldades de seus alunos, possibilitando a reorientação do que ensinar e de como ensinar. Além disso, as análises e interpretações dos resultados e os documentos pedagógicos a eles relacionados poderão constituir uma fonte de formação.
  • Os gestores poderão fazer escolhas bem fundamentadas em sua gestão, ganhando elementos para o planejamento curricular e subsidiar a formação continuada dos professores alfabetizadores, a fim de melhorar a qualidade do ensino em sua rede.

Como participar?

A Provinha Brasil é de adesão voluntária e aberta a todos os gestores das redes públicas estaduais, municipais e do Distrito Federal, bastando que os mesmos procedam da seguinte forma:
  • realizar a adesão por meio desta página eletrônica, prestando as informações necessárias e declarando concordância com os termos e condições de utilização ali expressos;
  • acessar os materiais (Kit) em versão eletrônica por meio de senha própria.

Um total de 3.133 municípios receberão o material impresso. Ele será entregue na secretaria municipal de educação.

O que compõe o KIT Provinha Brasil?

O material da Provinha é composto por:

  • Provinha Brasil – Passo a Passo – um guia contendo as principais informações como antecedentes, contextualização, pressupostos, matrizes, metodologia, escala e possibilidades de uso e interpretação das informações;
  • Provinha Brasil – Caderno do Aluno - é a prova do aluno a ser impressa e que o aluno usará durante a avaliação – composto por 24 itens de múltipla escolha e 3 itens de escrita;
  • Provinha Brasil - Caderno do professor/aplicador – orientações específicas para a aplicação das provas com a reprodução do Caderno do Aluno acrescidos dos comandos e orientações a serem usadas no momento da aplicação. Este documento também contém orientações de correção e comentários pedagógicos sobre a prova;
  • Provinha Brasil – Como Entender os Resultados – Guia de Correção" – manual para interpretar os resultados da avaliação;
  • Provinha Brasil - Reflexões sobre a prática – orientações, sugestões e ações a serem implementadas no âmbito pedagógico e administrativo.

Qual a diferença entre Provinha Brasil, SAEB e a Prova Brasil?

As principais diferenças entre esta avaliação que está sendo proposta e as já existentes relacionam-se ao tipo de informações produzidas e ao objetivo de cada uma delas.

A Provinha Brasil fornecerá respostas diretamente aos alfabetizadores e gestores da escola, enquanto os resultados do SAEB e da Prova Brasil, embora sejam muito úteis a professores e gestores, permitem informações mais amplas no âmbito do sistema educacional (do país, dos estados, dos municípios e escolas). Reforça-se, assim, a idéia de que esta atual proposta seja uma avaliação diagnóstica – um instrumento pedagógico sem finalidades classificatórias.

O SAEB e a Prova Brasil são avaliações externas, ou seja existe sempre um aplicador externo à rede e aos alunos que participam do processo de avaliação, sendo o INEP o responsável pela aplicação. No caso da Provinha Brasil, o aplicador não necessariamente é elemento externo aos alunos já que a própria rede tem a opção de aplicar os instrumentos com seus próprios professores, cabendo ao INEP a responsabilidade de elaboração e montagem dos instrumentos.

Na Prova Brasil e no SAEB o processamento, as análises, a interpretação e a divulgação dos resultados são de responsabilidade do INEP. Em função da utilização de metodologias e técnicas estatísticas complexas, os resultados de apuração e divulgação não são imediatos. Na Provinha Brasil o processamento e a interpretação dos resultados podem ser feitos pelas próprias redes pois, apesar de o instrumento ter sido construído pelo INEP com rigor estatístico antes de aplicação, ele permite uma leitura e interpretação imediata dos resultados por parte dos professores/gestores das redes.