Oi, Clotilde!
Fico muito feliz com suas palavras sobre raízes, um tema tão caro ao ensino e tão relegado a segundo plano. Deixei no meu perfil um vídeo do Pink Floy ("Another brick in the wall"), em que a escola tradicional é criticada por anular individualidades, renegar origens culturais e, principalmente, por criar uma massa amorfa de montes de carne humana sem autonomia de pensamento.
Obrigado também pelas palavras sobre aquisição de escrita. Ficaria muito grato em receber sua monografia.
Um grande abraço.
Dioney
----- Original Message -----From: Clotilde Simplicio Belo MazochiTo: DioneySent: Tuesday, July 01, 2008 6:02 PMSubject: Re: Asa BrancaOi, Dioney,Fico meio sem graça por ser algo mais pessoal, pois falar de Gonzagão é falar da minha gente, de quem eu sou. Mas não tem problema, pode divulgar. Já sinto mt orgulho em ser filha de nordestina/pernambucana, assim ficarei mais ainda. Quando vc diz q é importante trabalhar com alegria, defino que isso é trabalhar deixando bem claras nossas raízes. Gostei muito da discussão a respeito da letra cursiva. Fiz minha monografia de final de curso com a Maria Luíza e foi sobre aquisição da escrita. Trabalhei uns 3 anos com criança de 4 anos no CEIC, e realmente, partindo da minha leitura sobre esse tema e da minha prática, a criança desenvolve o traçado cursivo quando tem domínio da sua coordenação motora fina, isso se dá com muito manusei de massinhas e diversas outras atividades lúdicas, não podemos nos esquecer dessa palavra, lúdico. Já pensou como é difícil pra uma criança desenhar a caligrafia cursiva, ela exige muito mais coordenação que a caixa alta, a qual tem o traçado menos fino e é sempre a que dominamos primeiro. Sempre falei para os pais terem paciência que seus filhos "aprenderiam " a letra cursiva. É claro q não é só esperar e pronto, é importante intervir e estimular com manuseios de materiais diversos, jogos de desenhos e outros. Uma boa indicação é Cagliari. Só pq vc disse q iria divulgar os textos, agora tenho q me monitorar mais, rs,rs. mas é só até ficar mais à vontade, tá?Abraço,Clotilde2008/7/1 Dioney
Oi, Clotilde!Fico por demais feliz com suas boas-novas. Também tenho a coleção a que você se refere. É lindo!!! Amo Gonzação, amo o nordeste, amo o POVO BRASILEIRO e suas línguas maternas!!! Seja bem-vinda ao grupo. Adorei suas participações!Obrigado pela confiança e por compartilhar a sua pedagogia conosco.Um grande abraço!Dioneyp.s.: Você me permitiria divulgar sua mensagem no meu blog?----- Original Message -----From: Clotilde Simplicio Belo MazochiTo: DioneySent: Tuesday, July 01, 2008 5:08 PMSubject: Re: Asa BrancaOi, Dioney,Essa versão da música não contém a variação dialetal, bem como óio, fornaia. Mas tenho a coletânea do Gonzagão original, remasterizada, com três cds e um livro de sua vida. Não é por acaso, pois minha mãe é conterrânea dele, é de Exu- PE.Eram essas músicas q animavam nossas festas em família. Quando as ouço e as danço sinto como se elas saíssem da minha alma e das minhas veias. É interessante essa coisa da identidade, principalmente no q concerne à lingüística. Fiquei mt feliz quando vi q vc havia trabalhado essa música, pena q ainda não estava no curso. O q foi uma grande coincidência 'foi q dei uma prova com esse texto ainda este ano e chegando na UnB os colegas me mostraram seu material de aula. Pensei: "Tô no lugar certo e na hora certa", uma vez q ainda estava insegura em largar minhas turmas. Ah, tmbm já trabalhei 5 anos com educação Infantil e já fiz com as crianças uma apresentação belíssima com a música Asa Branca na versão com vários intérpretes, ah... foi no CEIC, na Candangolândia. Desculpe me alongar demais, mas me empolguei.Abração,Clotilde
Um comentário:
Muito bonito o que a Clotilde disse sobre raízes. Aliás, Clotilde é um nome que me remete boas lembranças!
Acho que temos mesmo que lembrar de onde viemos, nossas origens, para que possamor ter muito orgulho de quem somos, sermos felizes e trabalharmos bem. Uau, isso me emociona! Estou adorando os debates aqui, muita informação bacana e pessoas de altíssimo nível, espero ser assim um dia também!
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