sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Fw: sites de linguistica para professores de Língua Portuguesa

 
Um abraço,
Dioney

Aguns site interessantes para professores de Língua Portuguesa:
 

Atlas Lingüístico do Brasil

Atlas Lingüístico do Brasil
http://www.alib.ufba.br/programas.asp
 
corpus representativo da língua portuguesa no século XIX.
 
Persée
http://www.persee.fr/
Site público com algumas das principais revistas francesas de linguística (todos os números e edições integrais)
 

Estudos Enunciativos da Linguagem

Estudos Enunciativos da Linguagem

Site do grupo desenvolvido junto à UFRGS, e coordenado pelos professores Dr. Valdir
do Nascimento Flores e Dra. Carmem Luci da Costa Silva.

http://www6.ufrgs.br/eenunciativos/
 
O Projeto Vertentes do Português Rural do Estado da Bahia

http://www.vertentes.ufba.br/

Journal of Portuguese Linguistics
http://www.fl.ul.pt/revistas/JPL/JPLweb.htm

Site de Psicolingüística
 
 

Instituto Brasileiro de Fluência - IBF

Instituto Brasileiro de Fluência - IBF

Site: http://www.gagueira.org.br
 
 

Forma Livre

Forma Livre
Blog de Lingüística

http://www.formalivre.com/
 
 
Biblioteca Virtual das Ciências da Linguagem no Brasil
 
 

CAMINHOS DA LÍNGUA

Caminhos da Língua - o portal da língua brasileira

http://www.caminhosdalingua.com/
 
 

SOLETRAS

http://www.filologia.org.br/soletras/

SOLETRAS é a Revista do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, locado na Faculdade de Formação de Professores (Campus de São Gonçalo), nascida no segundo semestre do ano 2000, juntamente com a criação da Coordenação de Publicações e sua periodização é semestral, com o primeiro número a ser publicado até o final do primeiro período letivo do ano acadêmico da universidade (junho ou julho) e o segundo no final do segundo período (novembro ou dezembro).

http://www.filologia.org.br/soletras/
 
 

Enduring VoicesSaving Disappearing Languages

Enduring VoicesSaving Disappearing Languages

Nearly 80 percent of the world's population speaks only one percent of its languages. When the last speaker of a language dies, the world loses the knowledge that was contained in that language. The goal of the Enduring Voices Project is to document endangered languages and prevent language extinction by identifying the most crucial areas where languages are endangered and embarking on expeditions to:

http://www.nationalgeographic.com/mission/enduringvoices/
 

Linguistics Calendar

 

SALA - Sociedade de Lingüística Aplicada

 

Linguateca

Linguateca
O objectivo da Linguateca, um centro de recursos -- distribuído -- para o processamento computacional da língua portuguesa
 
 

Observatório da Língua Portuguesa

O primeiro passo no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocupa da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.
 
 

Português do Brasil

 

ReVEL

A Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL - é uma publicação totalmente eletrônica (acessível exclusivamente através da Internet), sem fins lucrativos, que visa à divulgação do conhecimento científico acerca dos estudos lingüísticos, especialmente do Brasil. A ReVEL é a primeira revista de Lingüística exclusivamente on-line com periodicidade regular no Brasil.
 

Language Bar

Blog gaúcho de Lingüística

http://languagebar.blogsome.com/
 

iLoveLanguages!

iLoveLanguages!

iLoveLanguages is a comprehensive catalog of language-related Internet resources. The more than 2400 links at iLoveLanguages have been hand-reviewed to bring you the best language links the Web has to offer. Whether you're looking for online language lessons, translating dictionaries, native literature, translation services, software, language schools, or just a little information on a language you've heard about, iLoveLanguages probably has something to suit your needs.


http://www.ilovelanguages.com/
 
 
 

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Re: Cordel da Uniban

Muito bom, Sílvio!
Um abraço,
Dioney
----- Original Message -----
Sent: Sunday, November 15, 2009 4:57 PM
Subject: Cordel da Uniban

Dioney,

Para ler num domingo a tarde,

Abraços,

Silvio.

Assunto: Cordel da Uniban

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UMA BURCA PARA GEISEY

Miguezim de Princesa


I

Quando Geisy apareceu
Balançando o mucumbu
Na Faculdade Uniban,
Foi o maior sururu:
Teve reza e ladainha;
Não sabia que uma calcinha
Causava tanto rebu.


II

Trajava um mini-vestido,
Arrochado e cor de rosa;
Perfumada de extrato,
Toda ancha e toda prosa,
Pensou que estava abafando
E ia ter rapaz gritando:
"Arrocha a tampa, gostosa!"


III

Mas Geisy se enganou,
O paulista é acanhado:
Quando vê lance de perna,
Fica logo indignado.
Os motivos eu não sei,
Mas pra passeata gay
Vai todo mundo animado!


IV

Ainda na escadaria,
Só se ouvia a estudantada
Dando urros, dando gritos,
Colérica e indignada
Como quem vai para a luta,
Chamando-a de prostituta
E de mulherzinha safada.


V

Geisy ficou acuada,
Num canto, triste a chorar,
Procurou um agasalho
Para cobrir o lugar,
Quando um rapaz inocente
Disse: "oh troço mais indecente,
Acho que vou desmaiar!"


VI

A Faculdade Uniban,
Que está em último lugar
Nas provas que o MEC faz,
Quis logo se destacar:
Decidiu no mesmo instante
Expulsar a estudante
Do seu quadro regular.


VII

Totalmente escorraçada,
Sem ter mais onde estudar,
Geisy precisa de ajuda
Para a vida retomar,
Mas na novela das oito
É um tal de molhar biscoito
E ninguém pra reclamar.


VIII

O fato repercutiu
De Paris até Omã.
Soube que Ahmadinejad
Festejou lá no Irã,
Foi uma festa de arromba
Com direito a carro-bomba
Da milícia Talibã.


IX

E o rico Osama Bin Laden,
Agradecendo a Alá,
Nas montanhas cazaquistãs
Onde foi se homiziar
Com uma cigana turca,
Mandou fazer uma burca
Para a brasileira usar.


X

Fica pra Geisy a lição
Desse poeta matuto:
Proteja seu bom guardado
Da cólera dos impolutos,
Guarde bem o tacacá
E só resolva mostrar
A quem gosta do produto.

domingo, 8 de novembro de 2009

Fw: DICA DE LEITURA

 
 

Texto de Marta Scherre. O preconceito lingüístico deveria ser crime. Galileu. Editora Globo. Novembro de 2009.  p.94-95.

Basta ser homem, estar em sociedade e estar rodeado de pessoas falantes que a língua – este sistema de comunicação inigualável – emerge, se instaura e toma conta de todos nós, de nossos pensamentos, de nossos desejos e de nossas ações. Falar faz parte do nosso cotidiano, de nossa vida. A troca por meio das formas lingüísticas é a nossa dádiva maior, nossa característica básica. É por meio de uma língua que o ser humano se individualiza, em um movimento contínuo de busca de identidade e de distinção. É isto, enfim, que nos torna humanos e nos diferencia de todos os outros animais.

Já está  bem evidenciado que todo e qualquer homem adquire uma língua ou variedade lingüística de forma perfeita e dela é senhor absoluto. Não existe homem sem-língua. Mesmo as pessoas com deficiências diversas adquirem um sistema lingüístico. Quem é surdo, por exemplo, adquire as línguas de sinais, que também são sistemas complexos e perfeitos.

Sendo assim, não existe razão para que tenhamos preconceito com relação a qualquer variedade lingüística diferente da nossa. Preconceito lingüístico é o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro ou da própria fala. A grande questão é que as variedades lingüísticas mais sujeitas a preconceito lingüístico são, normalmente, as com características associadas a grupos de menos prestígio na escala social ou a grupos da área rural ou do interior do país. Historicamente, isso ocorre pelo sentimento e pelo comportamento de superioridade dos grupos vistos como mais privilegiados, econômica e socialmente.

Então, há críticas negativas com relação, por exemplo, à falta de concordância verbal ou nominal (As coisa tá muito cara); o ao r no lugar do l (Framengo); à presença do gerúndio no lugar do infinitivo (Sra. Marta, daqui a uns três minutos eu retorno a ligação pra senhora, porque eu vô tá verificano); ao r chamado de caipira, característico da fala de amplas áreas mineiras, paulistas, goianas, matrogrossenses e paranaeneses (em franca expansão, embora sua extinção tenha sido prevista mesmo por linguistas). Depreciando-se a língua, deprecia-se o indivíduo, sua identidade, sua forma de ver o mundo.

O preconceito lingüístico – o mais sutil de todos os preconceitos humanos – atinge um dos mais nobres legados do homem, que é o domínio de uma língua. Exercer o preconceito lingüístico é retirar o direito de fala de milhares de pessoas que se exprimem em formas sem prestígio social. Não quero dizer com isto que não temos o direito de gostar mais, ou menos, do falar de uma região ou de outra, do falar de um grupo social ou de outro. O que quero mesmo dizer e enfatizar é que ninguém tem o direito de humilhar o outro pela forma de falar. Ninguém tem o direito de exercer assédio lingüístico. Ninguém tem o direito de causar constrangimento ao seu semelhante pela forma de falar.

A Constituição brasileira reza que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante''. Sendo assim, interpreto eu que qualquer pessoa que for vítima de preconceito lingüístico pode buscar a lei maior para se defender, tendo em vista que o preconceito lingüístico se configura como um tratamento desumano e degradante – uma tortura moral. Se necessário for, poderíamos até propor uma lei específica contra o preconceito lingüístico, apenas para ficar mais claro que qualquer pessoa tem direito de buscar a justiça quando for vítima de preconceito lingüístico.

Sei que muitos devem achar que isto é bobagem, que todos devem deixar de falar errado. Mas todo mundo tem direito de se expressar, sem constrangimento, na forma em que é senhor, em que ele tem fluência, em que ele é capaz de expressar seus sentimentos, de persuadir, de manifestar seus conhecimentos, enfim, de falar a sua língua ou a sua variedade de língua.